19 August 2011

OS " GUARDINHAS" DESTE NOSSO BRASIL


Esta semana estava seguindo pela Av. Engo. Luis Carlos Berrini, no Brooklin, em direção ao Shopping Morumbi. Não é um caminho ao qual estou acostumada, mas sei me virar bem nela no horário do rush. Traduzindo: eu tento não fazer “cagadas”.

Fiquei simplesmente chocada, ao mesmo tempo que emp#tecida com o que vi. Um pouco antes da ponte que dá acesso da Berrini até o outro lado do bairro do Morumbi (ponte que sobrepõe o Rio Pinheiros) vi pelo retrovisor uma moto de polícia se aproximando. Ele estava sozinho e somente com a luz pisca ligada, a sirene estava desligada. Eu estava na segunda faixa da esquerda e uns 2 carros à minha frente tinha um outro carro (acho que era um Ágile) que estava tentando desviar de um ônibus que simplesmente invadiu metade da sua faixa e não saia de lá. O motorista do ônibus não decidia se mudava de vez ou ficava na outra faixa.

Eis então que o motorista deste Ágile não tinha mais o que fazer a não ser esperar o trânsito desafogar (eram 17h35 de uma quinta-feira) e tentar passar para a outra faixa. Obs: Ele foi “obrigado” a mudar de faixa. Ou era isso ou o carro sofreria um estrago colidindo com o ônibus. Isso tudo a não mais do que 10 km/hora O guarda na sua possante moto de polícia (deveria haver um outro nome para o sujeito, certo?) passa pela faixa extrema da esquerda, diminui a velocidade encavalando o trânsito que vinha logo atrás dele, para olhar para vidro do motorista e fazer uma “cara feia”. Não bastando isso, demorou nesse lindo troca troca de olhares por uns 10 segundos.

Agora eu pergunto, minha gente, eu pergunto: prá quê tudo isso? Será que a cidade de São Paulo tá tão em paz assim que os serviços de um policial de moto não seria necessário em algum outro lugar? Quando você liga para a polícia para pedir ajuda, eles demoram uma eternidade para aparecer (isso quando aparecem), ou quando nos abordam vem com aquela panca (de não sei o quê) como se eu tivesse feito algo errado.

Isso me leva a outra ocasião. Vinha eu e minha filha (na época com uns 2 anos de idade na cadeirinha do banco traseiro) pela Av. perto de casa há uns 40-50 km/hora quando vi uma blitz de polícia logo a frente (uns 200 metros à frente). Eram umas 10 horas da manhã num dia de semana, e estava levando minha filha ao médico. O “guardinha”, como se eu estivesse voando ergueu os braços pedindo para eu diminuir a velocidade (como se eu já não estivesse diminuindo – mas não do jeito que ele queria), e me fez parar – no meio da Av.!!! - e me perguntou onde eu estava indo com tanta pressa. Faça me o favor! (eu pensei).

Respondi que não estava correndo, estava sim diminuindo a velocidade para passar “pela blitz” imposta na Av. da minha casa. Ele me retrucou e disse que estava correndo. Retruquei de volta. Disse que não estava correndo, estava andando na velocidade máxima permitida da Av. e que ao avistar a blitz comecei a diminuir a velocidade, mas não do jeito que ele queria, porque eu tinha uma criança pequena no carro, e afastei a minha cabeça para ver se ele finalmente conseguia vê-la no banco traseiro.

Afinal de contas: quem paga o salário desta “gentinha” que se fantasia de guarda na cidade de São Paulo? Será que não sou eu? Vai eu tratar o meu chefe desta maneira, com panca de “dona do mundo” para ver se terei meu emprego ao final do dia. Isso é uma falta de respeito com uma cidadã (sem mencionar mulher e mãe) que paga os seus impostos em dia, anda “na linha” por respeito aos outros cidadãos da cidade. Alguém precisa elucidar para estes “guardas” e explicar melhor quem paga o ganha pão deles. Respeito é bom, muito bom, mas ele precisa ser mútuo.

Andar na cidade de São Paulo com medo daqueles que deveriam nos proteger e nos dar a certeza de segurança e tranqüilidade é o fim, ainda mais pagando o que a gente paga de impostos, não é mesmo?

Fica aqui o meu desabafo. E um adendo: nem todos os guardas da cidade (seja ele militar, civil, de trânsito, ou qualquer outro) são mal educados. O “gentinha” acima, é para aqueles com os quais já cruzei nesta vida. Infelizmente.

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