
O debate sobre bater em crianças está novamente em pauta: um estudo diz que bater em crianças pode resultar num comportamento agressivo mais tarde.
Por Ann Douglas
Tradução e adaptação Ana Paula Larsen Saraivahttp://ca.lifestyle.yahoo.com/family-relationships/blog/anndouglas
Uma publicação da revista pediátrica americana (Medical Journal Pediatrics) mostra, e com fortes provas que, bater em nossas crianças resulta em um comportamento agressivo, e isso colocou fogo novamente sobre o debate.
O jornal afirma que “crianças que sofrem abusos físicos frequentemente até a idade de 3 anos, são mais propensas a se tornarem agressivas à partir dos 5 anos de idade,” de acordo com o estudo.
Este estudo é apenas um dos últimos feitos à respeito do abuso físico, e que claro, é visto como uma forma totalmente errada de educar. Dois estudos conduzidos por pesquisadores da Duke University, Oklahoma State University, University of Pittsburgh, Auburn University, e Indiana University, e publicado em Setembro/Outubro de 2009 no revista Child Development, conclui que quando os pais fazem uso da violência física durante a infância de seus filhos, estes apresentam maiores problemas de comportamento durante a sua adolescência. E agora há um outro estudo que faz o link entre violência física e níveis de QI baixos.
O ato de bater em uma criança não se mostra como uma ferramenta eficaz de disciplina. A disciplina é - além de tudo, mas principalmente - sobre educar. Bater não ensina nada à uma criança. Se o artifício de usar a dor e o medo como uma ferramenta eficaz de educação, você concorda que os nossos computadores poderiam estar conectados a choques elétricos, e estes descarregariam choques todas as vezes em que digitássemos erroneamente? A teoria é de que o medo de levar um choque nos motivaria a não errar ao escrevermos algo. (Sinceramente, abandonaríamos o teclado com mais rapidez).
Você certamente reconhecerá um método de disciplina vencedor (aquele que funciona muito bem, tanto para você quanto para o seu filho) quando este médoto:
> é compatível ao nível de desenvolvimento e temperamento do seu filho;
> é compatível ao seu estilo de educar;
> é justo e razoável;
> pode ser implementado de maneira rápida e fácil (mesmo que você esteja fora de casa);
> é projetado para ajudar o seu filho a tomar as melhores decisões no futuro (ao contrário de apenas castigar o seu filho por algo que tenha ocorrido recentemente ou o seu mau comportamento);
> promove e serve de exemplo ao tratá-lo com respeito (ao invés de acanhar, humilhar ou rebaixá-lo);
> encoraja o seu filho a querer ser melhor ao fazer o mau comportamento parecer menos atraente;
> deixa o seu filho com um bom e positivo sentimento de si próprio, e ao mesmo tempo fazendo com que você (como pai) se sinta bem com suas atitudes, fazendo com que o vínculo pai/mãe-filho cresça e se fortaleça.
Você não precisa ser um cientista maluco para verificar que a agressão física não funciona.
>> Você acha que bater é algo do passado?
>> Deveríamos pensar em outros métodos de disciplina?
>> Como você reage quando outros pais batem em seus filhos na sua frente?
>> Se você é o parente que bate, você acha que outras pessoas estariam inclinadas a dizer algo para você (quando comparado à alguns anos atrás)?
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