20 May 2010

PROFFISSIONAL DE "QUINTA"

Há uns 4 anos atrás eu resolvi fazer regressão (com uma pessoa que, até então, era muito bem indicada por uma amiga minha) por achar que isso pudesse revelar certos aspectos, até então, obscuros, e com isso talvez, abrir novas portas para uma vivência mais plena.


O nome desta "profissional" era MARIZILDA LOPES, e ela fazia regressão dentre outras terapias. Porém, ainda não era formada em um curso superior reconhecido. Que eu me lembre, ela cursava Psicologia e se formaria em 2006 ou 2007.


Fiz aproximadamente 2 meses de terapia de regressão com esta "profissional". Por uma coincidência extrema, porém, sem ligação alguma, no dia 04 de março de 2006, enquanto dormia, fui vítima de uma AVC isquêmico por embolia paradoxal. A razão? Descobrimos aproximadamente 4 meses e inúmeros testes depois. Sou portadora de uma mutação (sanguínea) da MTHFR Metileno-tetrahidrofolatoredutase, com heterozigose e FAN fracamente positivo (1/160).


Como foi algo que aconteceu durante o meu sono, foi muito difícil tentar trocar algumas palavras com o meu marido, ao acordar, e verificar que nada realmente saía. Até passou pela cabeça do meu companheiro a palavra "derrame", mas daí até receber um diagnóstico positivo de que era realmente um acidente vascular cerebral, os minutos pareciam durar horas e horas a fio.

Voltando à razão de estar escrevendo este email, na segunda-feira, dia 06 de março de 2006, meu marido, que já estava desesperado a esta altura dos acontecimentos, procurou a MARIZILDA LOPES, na esperança de saber o que exatamente estávamos fazendo juntas naqueles encontros semanais pois, no melhor dos seus dias, era inconcebível esse lance de fazer regressões. Quem sabe a "profissional" daria uma luz, já que a possibilidade de um derrame era totalmente irreal.


Apesar se estar com as sinapses extremecidas pelo sangramento que ocorrera bem no meio do meu cérebro, e ter uma dificuldade muito grande para lembrar palavras que não fossem as mais fáceis possíveis de articular, ou digitar corretamente no computador, eu ainda tinha memórias claras das minhas vontades, as razões pelas quais realizava certas atividades, mesmo que estas, agora, estivessem paralizadas. Eu tinha uma memória muito clara de quem era MARIZILDA LOPES, quem havia nos apresentado, e o porque eu estava indo ao seu consultório fazer sessões de regressão. Era tão simples.


Fui eu, com a "minha memória abalada" que levei o meu marido no dia 6 de março, por volta das 15 horas, até o "consultório" da MARIZILDA LOPES, na Rua Estela dos Santos, 71 (na altura dos número 400 da Rua Luis Góes) Tel: (11) 5587-5176 marizildalopes@hotmail.com. Entramos na casa, eu fiquei numa sala esperando enquanto o meu marido conversava com a "terapeuta", sozinho, conforme solicitação da mesma.


Aproximadamente uma hora depois, foi a minha vez de conversar com ela, que da mesma maneira preferiu conversar comigo sozinha, sem a companhia do meu marido. Eu não sei se foi desespero, por parte dela, mas a impressão que tive foi que a coitada da mulher tentou fazer uma lavagem cerebral em mim em tempo récorde, porque tudo o que saia da sua boca era totalmente o contrário do que eu sabia, tinha consciência e pagava à ela na época para realizar, ou seja, sessões de regressão. Pura e simplesmente. Obs: Eu pagava à época o valor de R$ 70 por sessão.


O porque essa mulher negava veementemente que não fazia regressão eu não sei. O fato é que ela me foi indicada justamente porque fazia regressão, e era algo que eu estava procurando, portanto uma colega minha havia indicado ela para tal finalidade, e por sinal só falou coisas boníssimas da "profissional".


Eu quero deixar claro que estou escrevendo este post para dar um closing à este tópico na minha vida, e era algo sobre o qual eu ainda não havia escrito. Obs: closing para a minha vida. Eu deixei esta mulher muito bem informada sobre o que eu achava sobre a sua falta de profissionalismo (mesmo que à epóca ela não fosse Psicóloga formada) e sua falta de caráter (me fazer passar por mentirosa).


Como é que alguém que paga R$ 70 por uma sessão de regressão, e que faz isso há aproximadamente 3 meses, não sabia que a sua "terapeuta" não fazia exatamente isso? Estou ficando maluca? Francamente, certas pessoas tem um poder sensacional de elocubrar (compor uma obra com esforço, a custa de muita meditação), torcer os acontecimentos e achar, que isso pode, eu digo PODE colar.


As pessoas quando ficam desesperadas usam de artifícios baixos, sujos. Cara de pau é elogio. Na verdade a gente tem é que ter pena.


Se você procurar pelo nome MARIZILDA LOPES na internet, verá que há inúmeros livros, textos e sites onde o nome dessa "profissional" aparece. Gostaria de deixar claro que, mesmo que à época, ela num momento de desespero fez um papel de maluca ao extremo, e disse coisas totalmente descabidas e inverdades, não tenho como falar dela como profissional, seja lá do que for. O meu relato é sobre algo que aconteceu num dado momento, somente comigo.


A paúra, com certeza falou mais alto. Essa mulher fez um papel de maluca, e marcou a minha memória como uma "profissional" de quinta categoria. Espero que ela tenha, ao menos, tirado uma lição desse acontecimento.


Numa sociedade, os fundamentos de qualquer relacionamento se baseiam em respeito mútuo, com o cliente/paciente, com a sociedade, com seus filhos, marido, etc. É importante reconhecer quando você tem uma responsabilidade coletiva e individual, de ajudar as pessoas com base nos valores que elas representam. E arcar com os acontecimentos, mesmo que eles não sejam diretamente ligados ao seu trabalho.

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