Fonte: http://sermulher.mundopt.com/nutricao/beneficios_omega_3_na_alimentacao.html Adaptação: Ana Paula Saraiva
A ingestão de altas doses de ômega 3 (ácido gordo) é indicada para reduzir depressão, melhorar o sistema cardiovascular e prevenir as coronariopatias. Além disso, estudos sugerem que o ácido promove longevidade.
Para as grávidas, os benefícios para a criança gestada são vistos bem mais tarde, quando o quociente de inteligência da criança começa a mostrar as suas "asinhas". No mercado podemos verificar a crescente oferta de produtos que contém em sua formulação o ômega 3. Porém, é importante ressaltar que nem todos os ômega 3 são iguais. Como saber qual ômega 3 é o "bom"?
Identificação
O "bom" omega 3 é o que apresenta uma cadeia longa (ácidos gordos de cadeia longa). Quais são os alimentos que carregam esta cadeia longa e gorda? Os peixes de águas profundas como o salmão, o atum, o bacalhau, a albacora e o cação.
Os omega 3 "menos adequados" ou seja, aquele com poucos benefícios para a nossa saúde, são os ácidos gordos mas de cadeia curta - aqueles de conformação química menor, comunmente encontrados em óleos extraídos da soja, do girassol, do milho. Este minúsculo omega 3 também está presente em alguns vegetais "verdes" como o bróccollis, a rúcula, a couve e o espinafre.
Como este omega 3 (o ruim, de cadeia curta) é muito mais barato do que aquele proveniente dos peixes de águas profundas, os fabricantes usam-no como chamariz, mas não esclarecem que o ácido vendido é realment o pequeno, o de cadeia curta, de dúbias qualidades nutricionais.
Outro ponto importante é aquele levantado pelos estudiosos dos ácidos gordos. Os produtos alimentícios que contém omega 3 de cadeia curta (óleos de soja, milho girassol, azeite), também contêm uma quantidade considerável do ácido gordo chamado de omega 6.
O omega 6 também é encontrado em óleos comestíveis, muito usado na alimentação quando da troca da manteiga, gordura animal e gordura de côco, todos considerados pouco saudáveis. O problema é que os óleos que usamos todos os dias, possuem na sua composição tanto o omega 3, como omega 6, em proporção variável.
Como estes dois ácidos gordos competem entre si no metabolismo interno do nosso corpo, pelos mesmos locais que supostamente exerceriam efeitos benéficos, isso acarreta na anulação dos efeitos benéficos do ômega 3 no nosso organismo.
No mercado de suplementos nutricionais e na internet existe uma enorme oferta de cápsulas de omega 3, porém, sem a especificação necessária, se é de cadeia longa ou curta. E neste caso, o consumidor nunca saberá se está comprando o ácido gordo bom ou o ruim, pois os rótulos não especificam o tipo vendido.
A revista Nature publicou um artigo científico, no qual indica o porque que o omega 3 de cadeia longa é tão benéfico para a nossa saúde. O nosso organismo, ao receber o omega 3 através de absorção intestinal, converte este ácido gordo num produto químico chamado RESOLVIN D2.
O resolvin D2 reduz inflamações que estejam associadas com os processos arterioscleróticos, a inflamação das artrites e inflamações articulares, melhorando a expectativa de vida (e com melhor qualidade). Obs: Não há nesta transformação alterações do sistema imunitário.
Este trabalho veio confirmar que o omega 3 de cadeia longa, é extremamente benéfico à saúde e altamente recomendado como suplemento nutricional diário.
Resumindo, os benefícios do ômega 3 incluem:
Actividade antiinflamatória;
Actividade anti-trombos (entupimento dos vasos sanguíneos);
Redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos e
Redução da tensão arterial.
Os benefícios do omega 3 estendem-se para a redução do risco de desenvolver diversas doenças, dentre elas:
Diabetes;
Acidente vascular cerebral (derrame);
Artrite reumatóide;
Asma;
Síndromes inflamatórias intestinais (colites);
Alguns tipos de cancro;
Declínio mental.
Alguns estudos também indicam que o Omega 3 traz benefícios para o humor, o aprendizado e para o sistema imunológico.
Os melhores alimentos ricos em omega 3 são: Cavala, Arenque, Sardinha, Salmão, Atum e Bacalhau
Outras importantes fontes de omega 3: Semente de linhaça, Castanhas e nozes, Óleos vegetais (azeite, óleo de soja, canola), Vegetais de folhas verdes escuro.