Tradução e adaptação Ana Saraiva
Se isso pode acontecer com Sandra Bullock, porque não aconteceria comigo? Se maridos sortudos casados com mulheres lindas, bem sucedidas, com tranquilidade financeira e ganhadoras de Oscars traem, o que protege uma mulher comum como você, como eu, da temida traição?
Ser enganada pode acontecer a qualquer momento, com qualquer um, mas isso não quer dizer que toda mulher acabará sendo traída, ou que todos os homens são traidores. Quando histórias de traição surgem no noticiário, pode ter certeza que sempre tem uma história por trás que nem sempre ficamos sabendo.
Algumas pessoas comentam sobre o árduo caminho que um deve seguir para chegar ao topo, seja ela de uma profissão, um esporte ou política. E é claro, esse longo e árduo caminho exige tempo e atenção. Tempo e atenção fora de casa, tempo e atenção que esta pessoa não está gastando com a casa, o seu companheiro, os seus filhos. O engraçado é que, para um homem, o tempo que ele gasta fora de casa é reconhecidamente um tempo precioso, importante para um homem "de família", que dá o sangue para colocar "o pão" dentro de casa. Agora, para uma mulher, invariavelmente sempre virão todos os tipos de comentários, muitas vezes abusivos: é um tempo que ela poderia gastar com os filhos, com o marido, com a casa; ela não cozinha bem coitada; o que ela tá fazendo deitada a uma hora dessas?; e por aí vai.
Para quem não conhece a história, leia "Annie Get Your Gun", muito interessante. Resumindo é a história de Annie Oakley (1860-1926), uma grande atiradora de Ohio, e o seu marido, Frank Butler. http://en.wikipedia.org/wiki/Annie_Get_Your_Gun_(musical)
Mesmo assim, na maioria dos casos de infidelidade atuais – Tiger Woods por exemplo, geralmente o traidor é a estrela. No caso mais acima, não seria Sandra Bullock, então, a traidora?
Tudo bem, os tempos são modernos, e sim, muitas mulheres traem, mas ainda assim, os homens são os grandes vilões da história na maioria das vezes. Eles são maioria disparado.
Dependendo das estatísticas lidas, entre 30 e 60 por cento dos casais americanos (aqui no Brasil essa porcentagem aumenta) trairão ao menos uma vez, e os maridos são maioria. A razão? Sexo com a esposa -- quando existente -- é extremamente monótono, ou a oportunidade se apresentou e ele não resistiu.
Entretanto, experts dizem que, em se tratando de uma relação honesta e rica para ambas as partes, é muito difícil uma pulada de cerca acontecer. Será?
Se tantas pessoas estão traindo, e a maioria deles são homens, que lições podemos tirar desses escândalos dos super astros e assim nos proteger (se é que dá)?
Em primeiro lugar, conheça o caráter do seu companheiro. Algumas pessoas, simplesmente não são feitas para o casamento, ou até para uma vida monogâmica. É importante ser bem especifico quanto ao acordo que existe entre as partes, e que tipos de relacionamento são permitidos além do seu. Vamos ser sinceros: você acha mesmo que existe uma amizade, pura e simplesmente entre homens e mulheres? Pense outra vez. Amizade. Eu digo amizade...
Conheça o seu companheiro o suficiente para saber se um acordo pode ser feito. Seja honesto, sincero nas comunicações quanto às coisas em comum que ambos estejam interessados. E o mais importante: alta prioridade para momentos de qualidade como um casal – tanto na cama como fora dela.
Se ter um casamento de base sólida e forte é a sua prioridade, tenha certeza de ter casado com alguém que compartilhe do mesmo ideal. Nem homem, nem mulher muda a cabeça um do outro. Se o seu companheiro tem um ideal antes do casamento, tenha a certeza de que ele continuará firme neste ideal após o casamento. Caso a sua cara metade não esteja atendendo às suas especificações, pule fora antes do grande sim. Você estará com o coração meio abalado, mas com certeza ele estará pronto para outra in no time!
Lembre-se de falar com o seu companheiro antes que as coisas comecem a andar mal das pernas.
Isadora Alman, terapeuta sexual, escreve a coluna Ask Isadora. Seus livros: "Doing It: Real People Having Really Good Sex", "Bluebirds of Impossible Paradises: A Sexual Odyssey of the Seventies".
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