18 December 2009

PRIMEIRO PROBLEMINHA DE SAÚDE

Até que não demorou muito. Foi ela desmamar no final de Outubro’09 para ela pegar duas viroses e uma infecção urinária. Desta vez ela ficou diferente, mudou o seu perfil, ficou mais amuada, mais quietinha, e também mais chatinha do que o usual. Não estou reclamando, ter nossos filhotes não é uma mar de rosas sempre, e eu aceito tudo o que acontece, de braços abertos, num super astral.

Mas, coincidentemente, eu estava desfalcada, dormindo fora de casa em uma cama que não era minha, tirando tudo de malas, tentando fazer o menos de barulho possível ao me levantar pela manhã (o piso daquele quarto - como é barulhento!). Não preciso dizer que eu, também, levei a pior e peguei um resfriado chato. Tosse, peito cheio, dor de cabeça, cansaço, etc. Que fase...
O bom de tudo isso ter acontecido é poder "ver" do que a minha filha é feita. São nessas horas que, em algumas oportunidades que a vida nos trás, nos deparamos com situações que nos surpreendem totalmente. Fiquei de queixo caído ao ver que minha filha é um tourinho, forte mesmo. Mas não fisicamente e sim, emocionalmente.

Como ela criou uma resistência grande a quase todos os tipos de antibiótico que existiam, sobrou um ou dois remédios para serem dados por boca, os quais nós poderíamos tentar, mas já estávamos preparados para o pior, caso acontecesse. Nos 5 primeiros dias (no total eram 10) ela aceitou bem o remédio, acordando duas vezes durante o seu belíssimo sono (ela dorme 12-13 horas por noite direto) o que oferecia um pouco de preocupação mas correu tudo bem.

Na sexta-feira (graças à Deus) à meia-noite, quando ia tomar a última dose do 5o dia de tratamento, do mesmo jeito que o remédio entrou, saiu. Achei que um banho seria bom, afinal, ela também estava com uma febre um pouco alta. Como ela adora um banho, tudo veio a calhar. Ao tirarmos ela do banho, preparamos mais uma dose do remédio. Ela tomou. Deu 10 segundos, mais uma vomitada legal. Como não tínhamos enxugado ela, lá para a banheira ela foi mais uma vez. O que fazer? Ela tinha que tomar aquela dose... Na terceira tentativa, deu certo. Ela dormiu como um anjo.

Às 5:30 da manhã acordou com febre. Dei algumas gotas de Alivium e aproveitei para dar-lhe o antibiótico mais uma vez. Do mesmo jeito que entrou, saiu. Desta vez não tivemos dúvida. Todos nos vestimos e fomos para o hospital. O organismo dela não estava mais aceitando o remédio.

Resumindo: não tinha mais jeito. A única maneira dela tomar a medicação, agora, era através de injeções. Me deu um arrepio na espinha, mas como era a única saída, eu ia ficar lá com ela, e ser forte. Ou pelo menos me mostrar forte. Será? Bom, não preciso dizer que ela me surpreendeu. É claro que chorou, mas assim que a agulha saiu, olhou para a enfermeira e disse um belo: "- Acabou! Tchau!", e com a sua pequenina mãozinha fazia um tchau para todos. Mal saia da sala e já estava com um sorriso escancarado na cara, feliz por estar indo embora.

Os próximos 5 dias que se seguiram foram iguais, a única diferença é que desta vez, ela não chorava mais ao chegar. Brincava, sorria, pulava, corria, e quando chegava a hora da injeção, chorava, mas assim que a agulha saia, era como ser nada tivesse acontecido.

Eu nunca precisei tomar injeções quando pequena assim como a Bella, muito menos o meu marido. Não tenho nada para comparar. Mas é incrível como eles nos surpreendem, com o seu jeitinho especial de ser, só seu.